31.7.08

Factos que Incomodam

Todos nós sabemos que o mundo gira em torno do lucro. Que o mundo sobrevive centralizado em mercados. Que são as grandes empresas com forte investimento na publicidade que determinam o consumo de produtos cujo as marcas e rótulos provocam a euforia e a ânsia de ter. Nestes últimos tempos, reacende-se o humanismo materialista, o qual tem invadido a Igreja promovendo a oferta de produtos retóricos: teorias de prosperidade material ao invés de salvação eterna; saúde; realização profissional e afectiva. Foram criadas terapias do amor, de cura e libertações para todo o tipo de males. O mercado está aberto.A soberania humana ao invés da divina tem tornado o homem uma espécie de empresário de Deus, para programar Suas actividades, marcando-lhe dia e hora para a realização de tal ou qual milagre e muita gente vai na onda. Calvino disse:"O mundo preferiu, e sempre prefirará, as especulações que apresentam engenhosidade, à sólida doutrina". Assim, a busca pelo o extrordinário, o dinâmico o emocional assume destaque na agenda evangélica de nossos dias, as pessoas querem e exigem sentir-se bem e distraídas. Deus tornou-se um bom negócio, os vendedores abundam procurando estratégias para cativar seus clientes."Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus." (2.Co2.17). Para aqueles que pregam a Palavra de Deus e, cujo o interesse é chamar os eleitos a ouvir a pregação da palavra, proclamando a verdade e testemunhando essas verdades, o mercado está em baixa. Estes tipos que começam a serem raros são vistos com desconfiança, não fazem parte do mercado são antiquados, tradicionais, ortodoxos, puritanos, termos usados negativamente com o objectivo subtil de eliminar a concorrência. Resta a estes que ainda não foram seduzidos pelo o mercado pedir a Deus coragem e determinação, sabedoria, discernimento e acima de tudo fidelidade à Palavra de Deus. No dizer de Paulo parece que Deus nos colocou em último lugar, nos esforçamos e nada acontece, considerados muitas vezes insignificantes e descartáveis. Um certo cristão afirmou uma vez:"Quando eu nasci, todos riam, enquanto eu chorava. No dia da minha morte, dar-se-á o contrário, pois todos chorarão, e eu sorrirei".Afinal o drama acaba bem.Glória e Honra e Toda Adoração seja dada somente a TI SENHOR DEUS.

25.7.08

Que seja sempre assim

Interessante olhar e poder ver os filhos e netos daqueles que viveram os primórdios do ABS no ABS. Frutos de encontros e olhares, paixões e orações. Interessante que a amizade, agora entre os filhos e netos daqueles, é a mesma que se via naqueles verões e retiros de primavera, matanças de porcos e jogos de futebol que combinávamos. Não era preciso naquele tempo estarmos vinculados à mesma denominação para sermos amigos e nos respeitarmos, como não o é agora -graças a Deus. Que seja sempre assim - até que Cristo volte.

Em pauta

Ricardo Barbosa em seu artigo para revista Ultimato de Julh/Agost, usa como base o texto de (Dn 9:7. Diz Ricardo que:"O 'corar de vergonha' não acontece mais. Do contrário, não riríamos da corrupção, não acharíamos normal a promiscuidade, nem acharíamos graça da injustiça". Diz ainda que "corar de vergonha" é uma virtude que falta na experência espiritual moderna, a virtude de olhar para o pecado que habita em nós, a mentira e o enganos que residem nos porões da alma, a injustiça que se alimenta do egoísmo, a malícia que desperta os desejos mais mesquinhos, e se entristecer.
Já Rubem Amorese, na mesma revista em seu espaço no Ponto final, afirma que vivemos um fenômeno da expressão "auto-estima". Diz ele: "Acho positiva essa moderna preocupação com a saúde do 'eu'. Em especial, quando ela se materializa na cultura na cultura da saúde: na onda do fitness ( malhação em academias) para qualquer idade, nas caminhadas, na hidroginástica, na comida saudável, na dieta da moda, nos spas, nas grelhas que eliminam a gordura, nos cereais matinais, nos iogurtes com bacilos, na redução de colesterol, nos três litros de água por dia". A preocupação de Rubem é com esse culto ao corpo esse estilo de vida que chega assumir contornos religiosos - de uma religião.

23.7.08

Surpresa

Fui autorizado a dar a notícia hoje à igreja e também aos queridos leitores que passam por aqui. A Renata está grávida. Estamos grávidos. Estamos alegres e confiantes que Deus vai nos dar condições e sabedoria para criar e educar nossos filhos nos caminhos do Senhor. Não vai ser fácil, nada é fácil, mas não estamos sózinhos. A Deus toda a Glória.

Sou Abençoado

Habituei-me desde cedo a passar a minha roupa, fazer comida, lavar a loiça e outras coisas de casa que é costume os homens não fazerem. Nos últimos três anos habituei-me a ser pai, mudando fraldas (quando a Renata não está), dar banho, vestir, fazer comidinha ou comprar já feita. Passo com os meus filhos nunca menos de 3 horas por dia,brincando ou fingindo que estou a brincar, isto quando eles estão na creche, agora estando eles de férias como é o caso, a rotina começa às 6 da matina e prolonga-se até às 20 horas. É claro que tem uma sesta pelo meio nunca inferior a 1 hora, que me permite estudar e ir no computador escrever umas coisas sem interesse geral. Enfim, hoje ainda tenho que visitar duas pessoas no hospital e dar um estudo bíblico. Estou animado. Mas com o coração já em Portugal. A Deus toda a glória.

21.7.08

Antes de Deitar

Ouvir a Deus é um exercício que se aprende em silêncio e nos silêncios de nossa lingua e coração. Falamos muito e pensamos muito e sequer prestamos a devida e meticulosa atenção aos rápidos e suaves convites de ABBA . Na Bíblia era costume Deus chamar três vezes...

20.7.08

Mais um

Hoje completei três anos de pastorado na Igreja Evangélica de Passa Três. O culto foi especial em Ação de Graças. A mensagem foi nos trazida pelo meu amigo Reverendo Carlos Telgi da Igreja Presbiteriana de Barra Mansa. Podemos também desfrutar de um momento de confraternização em que nos foi oferecido pelo jovens e União Feminina, após o culto, uma social com chocolate quente e muitos doces. A Deus toda a honra e toda Glória.

Visão Progressista Equivocada

O conceito de progresso do Primeiro Ministro Sócrates inclúi o casamentos de pessoas do mesmo sexo. A JS afirma que a realização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo é uma afirmação da modernidade. Sócrates diz que a família não serve só para pocriar- aí tem razão. Enfim, estas afirmações não nos supreende, o que nós não entendemos é que havendo políticos que defendem certas questões completamente contrárias à Palavra, os evangélicos não façam nada, não digam nada. A Igreja de Cristo é contra - cultura é, e sempre foi denunciadora do pecado e da promiscuidade que alastra como vírus, infelizmente agora mais do que nunca em nossa sociedade portuguesa. Os crentes evangélicos devem manifestar-se contrários a essa lei que os socialistas querem aprovar.

Cenas do sábado


Pinturas são sempre uma boa distração

Pintar as mãos é mais legal!

Na festinha "caipira" da creche.

O "sinhôzinho" João Francisco.

Minha "caipirinha" gosta de balançar.

19.7.08

Disciplina Inexistente

Ninguém gosta de ouvir, nem de pensar em ser disciplinado pela igreja. No entanto ninguém mais confessa nada, tudo é relativo. Os imorais e libertinos dizem "tudo me é lícito"e esquecem -se de que "nem tudo convém". Estou bem à vontade para falar sobre vícios , pois graças a Deus, Ele me libertou deles todos - foram cortados pela raiz. Fico revoltado, indignado com pessoas que se dizem "irmãos" e vivem na prática da imoralidade sem se arrependerem, sem ter vergonha. O apóstolo Paulo advertiu a igreja para que não houvesse qualquer tipo de associação " nem comam com eles", diz Paulo aos coríntos. A impureza alastra-se em nossas igrejas e ninguém denuncia nada, pois na cultura moderna entregar o outro é feio, isto é, do ponto de vista da ética mundana. Que coisa hem? Estou juntamente com os meus oficiais num processo de fachina moral em minha igreja e olha, que desgaste! Fico supreendido com os casos que vão surgindo à medida que vamos mexendo com as vidas das pessoas. Alguns caso são factos, mas outros remontam a "idade da pedra", pecados não confessados, não tratados e por isso, cheiram mal até de longe. Não é que nós sejamos santarrões da 'imaculada conceição", não, mas quando pecamos, nos arrependemos, confessamos, levantamo-nos e somos restaurados. Mas viver na prática da imoralidade, sem que se seja afectado, aí, não dá. Disciplina, fora, "entregue a Satanás", para ver se aprende com a tribulação, enfermidade ou outra coisa qualquer. Uma das marcas da Igreja de Cristo é a Santidade. Antes de ser Una e Universal a Igreja de Cristo é Pura e Santa. Hoje com medo de se perderem membros, talvez por causa do dízimo, os pastores e lideranças não fazem nada. As igrejas estão preocupadas com a imagem diante do mundo, ocultando ou fingindo que está tudo indo bem, ao invés de temerem a Deus e mostrarem verdadeiro amor por Ele, tratando desses casos, que não sendo resolvidos, contaminam as consciências da igreja. A igreja é Santa.

17.7.08

Posição da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil sobre o Batismo de Crianças

Nos escritos do Novo Testamento, nenhum batismo de crianças é expressamente relatado. Os relatos apresentam batismos de adultos convertidos à fé cristã. O batismo marca a troca de senhorio – do domínio das “trevas”, o batizado passa ao domínio de Cristo (Colossenses 1.13). A partir desta consciência é possível compreender porque recém convertidos, deixavam-se batizar com “toda a sua casa” (Atos 16. 15; 16. 33; 18. 8; 1 Co 1. 16). O termo “casa” (“oikos” no original grego) referia-se à família em sentido amplo, incluídas as crianças, os escravos e os filhos destes. Para submeter todos os seus familiares ao poder do Espírito Santo, tornando-os partícipes da salvação, é provável que todos – inclusive as crianças – tenham sido batizadas. Evidentemente não eram batizados os familiares que se auto-excluíam, não aceitando a fé cristã (1 Co 7. 12-16).
A pergunta se os primeiros cristãos batizavam ou não suas crianças não pode ser afirmada nem refutada a partir de citações bíblicas. Certo é que em torno do ano 200 existem testemunhos dos Pais da Igreja relatando o batismo de crianças. Em 180, Irineu afirma que “Jesus veio para salvar a todos que são renascidos através dele em Deus: recém nascidos, crianças, adolescentes, jovens e adultos” (Adv. Haer., II, 22.4). O termo “renascidos”, para os pais da Igreja, é termo técnico para o “batismo”. Na Constituição Eclesiástica de Roma, formulada por Hipólito em 215, encontramos a frase: “Primeiro devemos batizar os pequenos. Todos que podem falar por si mesmos. Para aqueles que ainda não sabem falar, falem seus pais ou alguém que pertença à família” (Const.Ecl. XVI, 4). Orígenes, por volta de 240 fala diversas vezes do batismo de crianças. Em seu comentário à carta de Romanos, ele afirma: “A igreja recebeu dos apóstolos a tradição de batizar também as crianças” (Comm. In ep. Rom V, 9).
Os Pais da Igreja, portanto, consideravam o Batismo de crianças uma tradição apostólica. É provável que tenha sido prática comum em toda Igreja Antiga . Esta propagação do batismo de crianças na Igreja Antiga, certamente deu-se pela convicção de que no batismo é Deus que age na vida do batizando, enquanto que este apenas recebe o batismo. A fé, neste caso, é fruto do batismo, ou seja, do agir de Deus. Outro motivo que permitiu a difusão do Batismo de crianças na Igreja Antiga, certamente, foi a convicção de que a Igreja precede o cristão individual como o espaço do senhorio de Cristo onde o Espírito Santo atua e como comunhão dos que crêem e mutuamente sustentam e fortalecem sua fé. Neste sentido, a fé da Igreja sempre precede à do batizando, seja ele adulto ou criança.
A atuação de Lutero e a Reforma Eclesiástica no século XVI coincidem com o surgimento de movimentos “anabatistas” na Suíça, em partes da Alemanha e na Holanda. Segundo estes, o verdadeiro batismo é o batismo com o Espírito Santo ocorrido na fé. O Batismo com água, para eles, apenas é testemunho humano de uma decisão espiritual anterior. A partir destes argumentos, os “anabatistas” rejeitaram – e o rejeitam até hoje – o batismo de crianças, considerando-o inválido, desprezando 1500 anos de história da Igreja. Um adulto batizado como criança, chegando à fé, deverá ser “batizado” novamente.
Lutero condenou o rebatismo duramente. Para ele, quem rebatiza um adulto batizado como criança “blasfema e profana o sacramento em sumo grau” (Catecismo Maior IV, 55). Lutero defende o Batismo de crianças afirmando que a contestação desta prática é “obra do diabo”, que, “através de suas seitas, confunde o mundo” (Catecismo Maior IV, 47). Em defesa do Batismo de crianças Lutero argumenta, em primeiro lugar, com a história da Igreja. Assim, ele diz “Que o batismo infantil agrada a Cristo, prova-o suficientemente sua própria obra. A muitos dentre os que assim foram batizados, Deus os santificou e lhes deu o Espírito Santo. E ainda no dia de hoje muitos há nos quais se percebe que tem o Espírito Santo, tanto a vista de sua doutrina como por causa de sua vida. Assim, também a nós [Lutero fala de si!] outros foi dada pela graça de Deus a capacidade de podermos deveras interpretar a Escritura e conhecer a Cristo, o que não pode suceder sem o Espírito Santo. Agora, se Deus não aceitasse o batismo infantil, a nenhum deles daria o Espírito Santo, nem qualquer parte dele. Em suma, durante todo esse tempo, até o dia de hoje, homem nenhum no mundo poderia ter sido cristão” (Catecismo Maior IV, 49-50). Se Deus agiu através de seu Espírito todo este tempo na Igreja, então, é porque ele se agrada do batismo de crianças – pois “Deus não pode estar em conflito consigo mesmo” (Catecismo Maior, 50).
Como argumento em favor da validade do Batismo de crianças, Lutero esclarece a relação correta entre Batismo e fé. Isto era importante porque os “anabatistas” justamente argumentavam dizendo que somente a fé consciente (de um adulto!) pode receber o batismo. Para Lutero, porém, a obra do Batismo e sua validade para o ser humano dependem exclusivamente da obra que Deus realiza neste sacramento. A fé, ainda que imprescindível, apenas recebe o batismo, confiando na sua obra. Por isso, o Batismo de crianças é válido mesmo que a fé e a confiança no sacramento cheguem mais tarde. Aliás, nem é possível dizer que o batismo de crianças aconteça sem fé. Os pais, os padrinhos, as madrinhas e toda a igreja agem em fé e em esperança: “Levamos a criança ao batismo com o ânimo e na esperança que ela creia; e rogamos que Deus lhe dê a fé” (Catecismo Maior IV, 57). Este, porém, ainda não é o argumento maior que permite Lutero batizar – sejam crianças ou adultos. O batismo acontece porque a Igreja age em obediência ao mandato divino: “Não é, porém, à vista disso que a batizamos, mas unicamente porque Deus o ordenou” (Catecismo Maior IV, 57).

Provocando o debate

Onde estão as provas bíblicas para a afirmação de que apenas os adultos devem ser batizados?

Sola Scriptura

A Igreja Evangélica é guiada, por vezes demais, pela cultura. Veja só: Tecnicas terapêuticas estratégias de marketing, o entretenimento que muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Por outro lado, os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhe compete, inclusíve o aspecto doutrinário da música, que se canta por aí, música enlatada de ritmos e letras sem sentido algum. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e direcionamento.
Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensinos, não a expressão de opiniões ou idéias da época. Alguém disse que não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.

16.7.08

Controvérsia

Os filhos nascidos em nossas famílias são nascidos para Deus
Deodat Lawson
Sabemos que a Igreja Invisível é composta só de pessoas que nasceram de novo ou foram regeneradas pelo Espírito Santo. O motivo por que as crianças são batizadas pelos presbiterianos, creio, não é pelo o mesmo motivo que os católicos batizam. Os católicos acreditam que o batismo regenera, enquanto os presbiterianos, pelo facto da antiga dispensação da graça, a Igreja do Velho Testamento incluir as crianças no seu meio através da circuncisão ao oitavo dia. Os presbiterianos acreditam, que a circuncisão era naquela igreja o sinal da fé Cf Rm 4:11. como o batismo o é na Igreja Cristã que substitui aquela. Não sei se alguns presbiterianos aceitam que os filhos de crentes são ipso facto regenerados.
Assim, sendo o batismo a circuncisão em nova forma, como a Igreja Cristã é a nova forma da antiga dispensação da graça, os filhos dos crentes têm agora tanto direito ao batismo e a incorporação na Igreja, como os filhos dos israelitas o tinham em sua comunidade.
Oosterzee diz que a correspondência entre as instituições é completa, não pode ser mais pobre que a "Sinagoga". E que as crianças não ficaram excluídas da Igreja, Cf Mc 10;14. Além disso, o Apóstolo Pedro que recebeu as chaves para inaugurar a Igreja, disse ao cumprir essa alta incumbência:"A promessa é para vós e para vossos filhos e para todos que estão longe, a quantos chamar o Senhor nosso Deus"Cf At 2:39. Creio que é aceitável e, eu não teria nenhum problema pensar como os presbiterianos pensam, de que os filhos de crentes devem ser batizados por que são por nascimento membros da Igreja ou comunidade a que pertencem seus pais. Enquanto menores de idade, pertencem à igreja visível, à espera de poderem ratificar por sua própria fé o batismo que receberam na sua infância. Podem não fazê-lo como às vezes acontece, mas o reconhecimento dos seus direitos na Igreja, enquanto crianças, é sempre um apelo, em toda a sua vida, para que se entreguem ao Salvador. Foi por assim dizer o que aconteceu comigo.

Esses não são nada fáceis

Uma boa consciência é o palácio de Cristo, templo do Espírito Santo, paraíso do deleite, descanso
permanente dos santos.
(Agostinho)

Nada é mais perigoso do que nos juntarmos aos ímpios.
(João Calvino)

Simplesmente Fernanda

A culpa não serve para nos torturar continuamente. A culpa serve para nos ensinar. A velhice, se calhar serve para nos aproximar da eternidade.

Fernanda Marques da Silva

15.7.08

Cada um tem as suas marcas

"Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus." (Gl. 6:17).
Paulo mostra que a ousadia de sua autoridade repousava nas marcas de Cristo, as quais ele levava em seu corpo. E que marcas eram essas? Prisões, cadeias, açoites, calamidades, apedrejamento e muitos tipos de maltratos que ele sofreu no decorrer do seu ministério. "Pois assim como as guerras terrenas têm suas condecorações com as quais os generais honram a bravura de um soldado, também Cristo, nosso General, tem suas marcas pessoais, das quais ele faz bom uso para condecorar e honrar a alguns de seus seguidores."(Calvino) Marcas aqui significa ferroadas, não de abelhas mas de ferro, como era costume na época para marcar escravos. Paulo está falando de marcas permanentes. Ele é um estigmatizado.
A igreja é composta de pecadores-salvos e pecadores não-salvos. Na igreja convivem pessoas que carecem de cura, libertação, direcção. Pessoas que buscam "pão" mas só encontram pedras. Pessoas que em algum momento da vida foram jogadas, despojadas à beira de nossas modernas estradas de Jericó. Sem auto-estima e abatidas pelas crises e tragédias da vida, carregam suas feridas, na busca do Evangelho que cura e tem o poder de libertar. Ouviram dizer que o sonho de Deus e a Sua vontade é que tenham "vida em abundância". Mas existem feridas abertas, difíceis de cicatrizar, marcas de um modo de vida irresponsável, marcas de falta de amor na infância, marcas de perda de um ente querido, marcas de um divórcio, marcas de desemprego, doenças graves, marcas de conflito interior, marcas de um casamento tóxico ou de relacionamentos íntimos igualmente tóxicos, marcas de uma sociedade opressiva, de injustiças sociais e institucionais.
Vivemos uma guerra onde muitas vezes sequer sabemos de que lado estamos. Temos marcas dos dois lados, Paulo também as tinha, "espinhos na carne" que teria que se habituar a conviver( seja lá o que isso for), no entanto, é preciso saber que tipos de marcas carregamos, se essas são de Cristo porque já estão cicatrizadas, ou ainda feridas abertas que precisam ser fechadas.

11.7.08

Predestinação: A Doutrina esquecida

Eu pergunto se é possível que preguemos todo o conselho de Deus, a menos que a predestinação com toda a sua solenidade e certeza seja continuamente declarada.
(Charles H. Spurgeon)

Um dos absurdos que se comentam no meio congregacional e alguns sectores evangélicos brasileiro é atribuir a Doutrina da predestinação a Calvino, como se fosse Calvino que a tivesse descoberto. A ênfase de Calvino e toda a gente que lê Calvino sabe disso, está na Magestade de Deus e Sua Soberania. Uma vez disse a um pastor ( depois de ele me convidar para pregar) só de brincadeira, que iria pregar sobre eleição, ele disse-me, que por ele tudo bem mas que não sabia se os membros iriam ficar para ouvir. É claro que só falei isso para mexer com ele. Pois era daqueles arminianos disfarçados de calvinista. Pregar certas doutrinas faz coceira e ninguém quer pregar para cadeiras. Essa é a verdade de muitos pregadores que se dizem calvinistas e não são. Se bem que ser calvinista pode ser também uma forma de chegar ao inferno mais depressa. O verdadeiro conhecimento produz frutos e boas obras e nos ajuda a desenvolver nossa salvação com temor e tremor.

10.7.08

Coral IEC Paio Pires - 1979


Em visita à Congregação em Alhos Vedros

Poemas da noite

Encontrar um amigo é raro, mas encontra-se, por um não acaso;
Encontrar um amigo é aceitar o amigo mais perto de nós, o eu verdadeiro, desembrulhado;
Encontrar um amigo é estar e ouvir em silêncio e ainda assim me sentir bem;
Encontrar um amigo não é caro nem barato, mas difícil, sim senhor;
Encontrar um amigo é tudo o que desejamos e não queremos.

7.7.08

A Ansiedade da Igreja Actual

Tenho observado nos últimos dez anos um crescimento numérico entre os evangélicos em geral. No entanto é notório que pouca diferença têm feito no que diz respeito à ética, usos e costumes, como uma força que influencia a cultura para o bem. Há muito show, muita música, muito louvor, muitos livros - mas pouco ensino bíblico. Nunca os evangélicos cantaram tanto e leram tanto, nunca foram tão analfabetos de bíblia. Já não há mais "destreza bíblica"ou "galope" (como se fala aqui no Brasil), estudo bíblico e perguntas, mas apenas suspiros, gemidos, lágrimas, olhos fechados e mãos levantadas, mas pouco arrependimento, quebrantamento, convicção do pecado, mudança de vida. Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da Palavra de Deus. Durante os grandes avivamentos da história, as multidões se reuniam durante horas para ouvir a Palavra de Deus, para ler as Escrituras. Um bom exemplo disso aconteceu na época de Esdras em Israel, quando o povo de Deus se manteve em pé por horas somente ouvindo a exposição da Palavra de Deus. Hoje nem sentados em bancos almofadados e com ar condicionado as pessoas permanecem, ou por que não estão com tempo, ou simplesmente por que não há Palavra. Acredito que podemos começar a clamar a Deus por um avivamento que comece em mim. Foi isso que fizeram, homens como Lloyd-Jones, Spurgeon, Nettleton, Whitefield e os puritanos. Foi isso que fizeram os presbiterianos da Coréia em 1906, durante uma longa e grave crise espiritual na Igreja Coreana. Durante uma semana se reuniram para orar, confessar seus pecados, se reconciliaram uns com os outros e com Deus. Durante aquela semana Deus os atendeu e começou o grande avivamento coreanos, provocando milhares e milhares de conversões genuínas meses a fio; e dando início ao crescimento espantoso dos evangélicos na Coréia.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...