29.1.09

O que temos

Uma das coisas mais supreendentes no contexto evangélico é a facilidade com que se finge. A arte de representar é um dos talentos mais em evidência entre os cristãos, dentro e fora da Igreja. As pessoas fingem que amam, que perdoam, que esquecem, que são amigos, que oram, que cantam, que ouvem, que estão alegres, que está tudo bem. Será que eu estou exagerando? Por que esta superficialidade? Só encontro uma resposta hoje: Estamos doentes. Os sintomas são esses citados acima. O pior é que neste mundo de espectáculos e encenações, acabamos por enfadar os céus e as hostes espirituais. Nada de novo debaixo do sol, nada de novo nas palavras, nada de novo nos pensamentos, tudo é vaidade e correr atrás do vento. Vivemos no meio de uma geração informatizada e preguiçosa que tem medo de pensar. Fomos ensinados a guardar tanta coisa, mas não o coração. E o que é que temos? Pessoas sem paixão e sem "a alegria do Senhor". Pessoas que ninguém sabe ao certo quem são - de que lado estão. Dizem que a gente escreve o que nos vai na alma. É verdade. Antes que alguém diga que estou passando mal, eu confesso, estou apenas um pouco decepcionado. Ainda bem.

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